sábado, 13 de março de 2010

Momentos (ROYALTIES)

Pois é, o tempo passou, muita coisa aconteceu e nem sei mais se estou certo ou errado, sei apenas que uma pulga insiste em acalentar com suas pinicadas a parte posterior da minha orelha.
Manifestação na praça São Salvador por conta dos Royalties, manifestação por aproximadamente segundo os jornais 12, 13, 14, 15 horas impedidndo o trânsito na BR 101, discursos em cima de palanques, fotos nos jornais, choro do governador em rede nacional, ato público combinado pro dia 17 no centro do Rio... Enfim, barulho foi, está e será feito.
Mas analisando agora com o coração mais calmo... menos pressão, os prognósticos conforme havia postado se confirmando, vejo uma manobra muito maior e possivelmente de proporções tão vultuosas com tantos nomes e "prè" nomes além de apelidos e codinomes revezando no papel principal dessa novela que chego a uma dúvida, será que realmente as coisas tem acontecido por conta da boa vontade pura e simplesmente!? Pessoas e gastos assim de graça, nenhum interesse particular ou de outra ordem!?
O líder do governo na câmara dos deputados pronunciou-se conforme ordem do governo contra a emenda Ibsen pinheiro, os próprios deputados não respeitaram o regimento interno da câmara estendendo a sessão além do tempo limite disputando quase a tapas espaço na tribuna para discursar aos seus eleitores e prefeitos presentes na câmara, enfim, foram alertados diversas vezes pelo presidente da casa quanto ao precedente que estariam abrindo naquele ato ferindo o regimento e mais, contra a constituição. O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damou reagiu dizendo ''A Constituição Federal foi vilipendiada, o Estado do Rio de Janeiro foi agredido e o povo do Rio, desrespeitado'', e verdade seja dita, faltou palanque pra tanta gente. Claro, agora a conversa segue mais regionalizada e cada qual vai em sua base usar o espaço que tem disponível na mídia para propagandear que “ELE” votou uma lei que levará uma bela baba para seu estado, município mas claro, lembrando que a possibilidade de veto existe e “ELE” fez a sua ao menos (Tentou).
O próximo passo é passar a emenda pelo senado federal. Humm... O “homem” do senado, José Sarney disse “Uma riqueza dessa natureza tem que ser compartilhada com o país todo, evidentemente dando privilégio aos estados produtores “– afirmou, em entrevista à imprensa quando retornava de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (11). Ou seja, pré sal, no mais mantém-se como está e ponto final. O Senado pode talvez por maior amadurecimento e senso afinal é o mínimo que se espera daquela casa formada por anciãos em sua maioria e de bagagem política um tanto quanto mais pesada segurar essa emenda. Ano eleitoral tudo é possível, por isso mesmo contrariando a “lógica” passando, o presidente veta. Não vejo grande interesse da parte de ninguém ir contra a determinação do presidente e voltar a votar e justamente em ano eleitoral brigar com quem está com a máquina nas mãos e vem negociando muito bem com todos. Acho sinceramente que por aí basta, até mesmo por que, existe uma gigantesca possibilidade de juridicamente o STF derrubar essa emenda não só pelos erros grotescos cometidos na casa durante a votação, mas também pela inconstitucionalidade da mesma.
O governo federal não pode perder receita em ano eleitoral, o governo do estado que o apóia também... Se não, como será a campanha!? Os deputados sabem que pela base o retorno não é tão garantido como pelo governo que já vem abrindo e muito seu cofre para emendas parlamentares destinadas aos estados, e é isso que dá “nome” (melhor ter UM “pai” RICO a 4 “irmãos” classe média alta).
Os “homens” da câmara federal tiveram a idéia (palanque), depois disso quem quis entrou na onda e veio, vem e vai fazer uso do mesmo até onde ela levar.
Cada qual será o responsável por uma coisa... Um(s) pela manutenção do direito do estado e municípios do RJ receberem seus Royalties, outro(s) pela tentativa de levar esse recurso para seu estado sendo no fim das contas oprimidos pelo bicho papão do sistema e ou a bruxa da justiça, por isso pedindo encarecidamente ao eleitor que vote nele novamente para que na próxima ele consiga aplicar esse golpe (regolpe) nos estados produtores de petróleo.
E claro, nessa o “cara” está de olho com seu termômetro analisando quem é quem dentro dos estados “produtores” de petróleo para investir na candidatura da companheira e apostar no “cavalo” mais forte.
Federalismo e blá blá blá são a mesma coisa. O Brasil nunca foi um pais federalista nem tão pouco respeitou o pacto federativo. Política é jogo de interesse e não caridade ou bem estar comum neste país, infelizmente. Porém, esse tiro pode sair pela culatra em alguns cantinhos desse país... Se a população ao fim dessa história acordar e se organizar, quem sabe não poderemos ver os ROYALTIES aplicados de forma coerente e cumprindo a que veio como diz a constituição!? É hora de se organizar e COBRAR a quem é dever usar com coerência o uso desse recurso tão importante.

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